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sábado, 2 de junho de 2007

Telescópio


Olá !!! Agora vou falar sobre o telescópio !!!


O que é?


O telescópio óptico é um instrumento que permite estender a capacidade dos olhos humanos de observar e mensurar objetos longínquos. Pois, permite ampliar a capacidade de enxergar longe, como seu nome indica [De tel(e)-1 + -scop- + io, onde nesse caso: tel(e)- = 1 'longe','ao longe' e + io = ' ação',' aproximação'], através da coleta da luz dos objetos distantes (Celestes ou não), da focalização dos raios de luz coletados em uma imagem óptica real e sua ampliação geométrica.




História


Costuma-se creditar a Hans Lippershey, um fabricante de lentes neerlandês, a construção e patenteamento em 1608 do primeiro instrumento para a observação de objetos à distância (telescópio) . Sua idéia era a utilização desse tubo com lentes para fins bélicos e não para observações do céu.
A notícia da construção do tubo com lentes por Lippershey espalhou-se rapidamente e chegou até o
astrônomo italiano Galileo Galilei, que, em 1609, apresentou várias versões do aparelho feitas por ele mesmo a partir de experimentações e polimento de vidro. Galileu logo apontou o telescópio para o céu noturno, sendo considerado o primeiro homem a usar o telescópio para investigações astronômicas. O telescópio de Galileu também é conhecido por luneta.
Galileu, utilizando seu instrumento óptico, descobriu diversos fenômenos
celestes, entre os quais as manchas solares, as crateras e o relevo lunar, as fases de Vênus, os principais satélites de Júpiter, e a natureza da Via Láctea como a concentração de incontáveis estrelas, iniciando assim uma nova fase da observação astronômica na qual o telescópio passou a ser o principal instrumento, relegando ao esquecimento os melhores instrumentos astronômicos da antiguidade (astrolábios, quadrantes, sextantes, esferas armilares etc). As descobertas de Galileu forneceram evidências muito fortes aos defensores do sistema heliocêntrico de Copérnico.
Pouco tempo depois de Galileu,
Johannes Kepler descrevia a óptica das lentes (ver "Astronomiae Pars Optica" e "Dioptrice"), incluindo um novo tipo de telescópio astronómico com duas lentes convexas (um princípio muitas vezes referido como telescópio de Kepler).







Tipos de Telescópio




Um tipo simples de telescópio é o de montagem altazimute chamada também de montagem azimutal. É idêntico aos usados na supervisão de trânsito. Uma forquilha opera no plano horizontal (azimute, e marcas na forquilha permitem ao telescópio variar em altitude (plano vertical).
O maior problema de um telescópio de altazimute na astronomia é que ambos os eixos têm que ser continuamente ajustados para compensar a
rotação da Terra. Ainda que este processo seja controlado por computador, a imagem roda a uma velocidade variável, dependendo do ângulo da estrela desde o pólo celestial. Este último efeito torna um telescópio de altazimute pouco prático para fotografia de longa exposição com telescópios pequenos, pois causa algumas aberrações na imagem fotografada.
A solução preferencial para telescópios astronómicos é adaptar este tipo de montagem (altazimute) de maneira que o eixo de azimute fique paralelo com o eixo de rotação da Terra; isto é designado como
montagem equatorial.
Os grandes telescópios recentemente construídos usam uma montagem em altazimute controlada por computador, e, para exposições prolongadas, dispõem de primas de rotação de velocidade variável na objectiva.
Existem montagens ainda mais simples que a de altazimute, usadas geralmente em instrumentos especializados. Alguns são: trânsito
meridiano (apenas altitude); espelho plano amovível de largura constante para observação solar;










Telescópio refrator






Usado em uma primeira versão por Galileu, consiste basicamente em um tubo com duas lentes convergentes: a objetiva e a ocular. A lente objetiva é uma lente de grande diâmetro (abertura) com distância focal longa, que fornece uma imagem real e invertida do objeto observado. A imagem formada será então aumentada por meio da lente ocular e observada nesta. Os telescópios refratores possuem alguns defeitos, como o fato de produzirem aberrações cromáticas que prejudicam uma observação mais acurada e limpa.






Telescópio refletor






rNewton inventou um tipo de telescópio onde a objetiva comum era substituída por um espelho esférico (ou parabólico). Esse formato curvo, associado ao próprio fato de ser um espelho, evitava as aberrações cromáticas e diminuía os problemas de esfericidade.









Telescópios de investigação

O Grande Telescópio de La Palma - Canárias
A maioria dos telescópios de grandes dimensões podem operar tanto como um cassegraniano (maior distância focal, e maior nitidez no campo de visão com maior magnificação)) ou como um telescópio newtoniano (campo mais brilhante). Estes têm um primário blindado, um foco newtoniano, e um tripé para montagem de secundários amovíveis.
Uma nova era na construção de telescópios foi iniciada pelo
MMT, uma abertura sintética composta de seis segmentos que sintetizam um espelho de 4,5 metros de diâmetro. Um seguidor deste tipo foi o telescópio Keck, de abertura sintética de 10 metros.
Os telescópios da actual geração em construção comportam um
espelho primário entre 6 e 8 metros de diâmetro (para telescópios terrestres). Nesta geração, o espelho é tipicamente muito fino, e mantido em óptima forma por um grupo de actuadores (ver óptica activa). Esta tecnologia levou a uma remodelação na concepção dos telescópios do futuro, com diâmetros de 30, 50 e mesmo 100 metros.
Inicialmente o
detector utilizado nos telescópios era o olho humano. Posteriormente, a placa fotográfica sintetizada tomou-lhe o lugar, e o espectrógrafo foi introduzido, o que possibilitou a captação de informação espectral. Depois da placa fotográfica, sucessivas gerações de detectores electrónicos, como os CCDs, têm sido aperfeiçoadas, cada vez com maior sensibilidade e resolução.
Os telescópios de investigação actuais dispõem de vários instrumentos: câmeras, de diferentes respostas; espectrógrafos, úteis nas diferentes regiões do espectro; polarímetros, que detectam luz, etc.
Nos últimos anos, foram desenvolvidas algumas tecnologias para superar o efeito da
atmosfera da Terra em telescópios terrestres, com resultados promissores. Ver espelho tip-tilt e óptica adaptativa.
O fenómeno da
difracção óptica estabelece um limite para a resolução e qualidade de imagem atingível por um telescópio, o que consiste na área efectiva do disco Airy, que limita a proximidade com que se podem instalar dois desses discos. Este limite absoluto é designado de limite de resolução de Sparrow, e depende do comprimento de onda da luz em observação (uma vez que o limite da luz vermelha é atingido mais rapidamente que o da luz azul) e no diâmetro do espelho do telescópio. Por tudo isto, um telescópio dotado de um determinado diâmetro pode resolver apenas até um determinado limite num determinado comprimento de onda, de maneira que, para se obter mais resolução no mesmo comprimento de onda, será necessário um espelho maior.




Telescópios ópticos famosos



O
Telescópio Espacial Hubble a orbitar acima da Terra.
O
Telescópio Espacial Hubble encontra-se a orbitar a Terra, fora da atmosfera, para permitir observações não distorcidas pela refracção, de maneira que estas possam estar limitadas em termos de difracção e utilizadas em ultravioleta e infravermelhos.
O
VLT (Very Large Telescope - Telescópio Muito Grande), até (2002), o detentor do recorde em tamanho, com quatro telescópios de 8 metros de diâmetro cada. Os quatro telescópios, pertencentes à ESO e localizados no deserto de Atacama no Chile, podem operar independentemente ou em conjunto.
Existem muitos planos para telescópios ainda maiores. Um deles é o
OWL (Overwhelmingly Large Telescope - Telescópio Incrivelmente Grande), desenhado com uma abertura de 100 metros de diâmetro.
O
Telescópio Hale, de 200 polegadas (5.08 metros), na montanha Palomar, é um telescópio de investigação convencional que deteve o recorde em tamanho durante muitos anos. Tem um único espelho borosílico (Pyrex&tm;) que foi famosamente difícil de construir. A montagem é única no estilo, uma montagem equatorial que não é uma forquilha, e no entanto permite ao telescópio captar o céu no pólo norte.
O
Telescópio Hooker de 100 polegadas (2,54 metros), no Observatório do Monte Wilson foi utilizado por Edwin Hubble para descobrir galáxias, e o redshift. O espelho foi feito de vidro verde por Saint-Gobain. É, actualmente, parte de um grupo de abertura sintética com vários outros telescópios localizados no monte, e ainda muito útil para investigação avançada.
O
Telescópio de Yerkes (no Wisconsin) é o maior refractor direccionável em uso.
O
Refractor de Nice (na França), operacional desde 1888, foi na altura o maior telescópio do mundo. Esta foi a última vez que o telescópio operacional mais potente estava em território europeu. Foi ultrapassado um ano depois pelo refractor de 0,91 m do Observatório Lick.
O maior refractor do
século XIX construído era Francês. Esteve exposto na Exposição de Paris de 1900. As suas lentes eram estacionárias, configuradas de maneira a conseguir a forma correcta. O telescópio foi projectado com a ajuda de um sideróstato Foucault, que consiste num espelho plano de 2 m de diâmetro (79 polegadas), montado numa grande estrutura de ferro. O tubo horizontal tinha 60 m (197 pés) de comprimento e a objectiva tinha 1,25 m (4,1 pés) de diâmetro. Foi um fracasso.






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