Fala-se muito de como jogou uma equipa. Fazem-se críticas, apontam-se defeitos e soluções. Esquecem-se sempre, nesse debate, um ponto fundamental, talvez mais importante: como treinou essa equipa? Porque é nesse ponto prévio, que está a resposta para o que se passou em campo.
E treino tem a ver, claro, com o treinador. (...) (...) A aposta do Benfica em Erikson, como todo o processo que leva à sua escolha, é um bom exemplo. Mais uma vez, busca-se contratar, antes de mais, uma imagem que renova ilusões. Um novo estado de alma motivado pela memória dos sucessos passados. O caso de Jesualdo Ferreira também é, noutra perspectiva, outro bom exemplo. Atinge o máximo sucesso já no ocaso da carreira. Quando encontrou condições para tal. Para exprimir competências. Sem ser turvado pelas miragens 8atracçãp pelo sucesso recente) e fantasmas (mitos sobre falta de liderança) que levam um clube a escolher um treinador em vez de outro.
Em vez de competência, procura-se contratar ilusões. E, nesse processo, queimam-se, sucessivamente, treinadores e suas compet~encias. Mas mais do que uma questão de opção, é uma questão de falta de gestão.
excertos do texto de Luís Freitas Lobo em "A Bola"
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