Translate / Traducir / Traduire / Tradurre

sábado, 21 de julho de 2007

Children of Nature #3 [Chita]


Olá a todos!!!!

Peço desculpa pela falta de posts desta semana. Mas finalmente arranjei um tempinho para escrever. Bem, como devem ter visto, eu fiz uma sondagem sobre qual o animal que queriam que aparecesse na crónica "Children of Nature" e quem ganhou foi a Chita.


A Chita, também conhecida por guepardo (Brasil) , leopardo-caçador ou onça africana é um animal da família dos felídeos (Felidae), ainda que de comportamento atípico, se comparado com os outros da mesma família. Tendo como habitat a savana, vive na península arábica, no sudoeste asiático, mas, a maior parte delas vive em África, desde o deserto do Kalahari até ao centro do Sahara, passando pelas planícies do Quénia.




Efectivamente, como animal predador que é, prefere caçar as suas presas através de perseguições a alta velocidade, em vez de tácticas como a caça por emboscada ou em grupo. É o mais rápido de todos os animais terrestres, conseguindo atingir velocidades acima dos 110 km/h (70 milhas por hora), por curtos períodos de cada vez (ao fim de cerca de 370 metros de corrida), pois o corpo aquece de tal forma, que se ela não parasse, havia um sobreaquecimento e o coração "rebentava".




Ocorpo da chita é esbelto e musculado, ainda que de aparência delgada e constituição aparentemente frágil. Tem uma caixa torácica de grande capacidade e um abdómen retraído. Tem uma cabeça pequena, um focinho curto, olhos posicionados na parte superior da face, narinas largas e orelhas pequenas e arredondadas. O seu pêlo é , como que formando o trajecto de lágrimas. Um animal adulto pode pesar entre 28 a 65 kg. O comprimento total do corpo varia de 112 a 150 cm. O comprimento da cauda, usada para equilibrar o corpo do animal durante a corrida, pode variar entre 60 e 84 cm.


O nome do género biológico, Acinonyx, significa "garras imóveis", já que é o único felídeo que não consegue retrair por completo as suas garras, que permanecem visíveis mesmo quando recolhidas ao máximo, sendo usadas para permitir uma maior aderência ao solo enquanto corre, acelera e manobra no terreno. O nome da espécie, "jubatus", significa "com crina" e refere-se às crinas que as crias da chita apresentam. As chitas preferem habitar biótopos caracterizados pelos espaços abertos, como semi-desertos e savanas.



A palavra "chita", de som semelhante à palavra inglesa "cheetah", deriva da língua hindi "chiita" que, por seu lado, talvez derive do sânscrito "chitraka", que significa "a salpicada de manchas". Outras línguas europeias relevantes usam variantes do latim medieval "gatus pardus", ou seja, "gato-leopardo": em francês, guépard; em italiano ghepardo; em espanhol (e também em português-brasileiro), guepardo; e em alemão Gepard.


A fêmea, que atinge a maturidade sexual um pouco mais cedo (dois anos), pode gerar de uma a cinco crias, depois de uma gestação de 90 a 95 dias. As crias podem pesar entre 150 e 300 gramas quando nascem. Ao contrário de outros felinos, as fêmeas não têm um verdadeiro território próprio e demarcado, parecendo, no entanto, evitar a presença das outras. Os machos podem, eventualmente, juntar-se em grupos, especialmente se nasceram na mesma ninhada
A chita pode viver de 15 a 20 anos.



A chita é um animal carnívoro. Alimenta-se, essencialmente, de mamíferos abaixo dos 40 kg, incluindo gazelas, antílopes, zebras, impalas, filhotes de gnu, lebres e aves. A presa é seguida, silenciosa e vagarosamente, num espaço que varia, em termos gerais, de dez a trinta metros, até ser atacada de surpresa. A perseguição que se segue dura geralmente menos de um minuto, e, se a chita falha uma captura rápida, desiste, com o intuito de não gastar energia desnecessariamente. Menos de metade destes ataques tem sucesso .


Ao verem na Odisseia ou no National Geographic (ou noutro canal) uma chita a matar e a comer uma cria de gazela, zebra, gnu ou impala podem pensar "ainda bem que menos de metade desses ataques não têm sucesso". Mas têm é que pensar que as chitas caçam para comer e, se virem as crias de chita a morrerem porque não têm comida devido aos ataques falhados e, principalmente, ao facto de outros carnívoros lhes roubarem muitas vezes o alimento, já teriam pena dos insucessos das caças das chitas.Durante a caça, a chita pode atingir por volta de 110 km/h em apenas 4 segundos. Com isso, após a caça, a chita fica exausta, o que facilita a tal perda da sua presa, que é capturada, para animais como os leões e grupos de hienas.











Encontram-se chitas no estado selvagem practicamente só em África, ainda que no passado se distribuíssem até ao norte da Índia e ao planalto iraniano, onde eram domesticadas e usadas na caça ao antílope. Actualmente, na Ásia, só existem chitas selvagens no Irã, mas trata-se de uma população extremamente pequena (em torno de 60 exemplares no início do século XXI) e ameaçada pela pressão humana, sob a forma da caça e do pastoreio, o qual reduz o número de presas (gazelas) disponível.




Agora vou escrever algo que vi em sites da world wide web (Internet).

Pensa-se que as chitas terão evoluído em África durante a época Miocena (de há 26 milhões a 7,5 milhões anos atrás), antes de migrarem para a Ásia. Espécies extintas actualmente incluíam a Acinonyx pardinensis (da época Pliocena), muito maior que a chita actual, encontrada na Europa, Índia e China; a Acinonyx intermedius (Pleistoceno médio), com a mesma distribuição geográfica; a Miracinonyx inexpectatus, Miracinonyx studeri, e a Miracinonyx trumani (ao longo de todo o Pleistoceno), cujos fósseis foram encontrados na América do Norte. Aventou-se recentemente, no entanto, que o género norte-americano Miracinonyx seria um exemplo de convergência evolutiva, constituindo-se, não num parente próximo da chita actual, mas numa forma corredora do puma.








As crias da chita sofrem de elevados índices de mortalidade devido a factores genéticos e à predação por parte de carnívoros que competem com esta espécie, como o leão e a hiena. É com isto que fico algo revoltado, embora a parte de que "estes mesmos carnívoros roubam o alimento, tanto às crias, como às progenitoras", me deixe no mesmo estado.Alguns biólogos defendem a teoria de que, em resultado da procriação consanguínea, o futuro da espécie está comprometido.

"This make me sick"..........estupores dos leões que matam por matar, sem ser para dar de comida às crias......


As chitas estão incluídas na lista de espécies vulneráveis da IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza), como subespécie africana ameaçada e subespécie asiática em situação crítica. É considerada uma espécie ameaçada de extinção no Apêndice I da CITES (Convenção sobre o comércio internacional das espécies da fauna e da flora selvagem ameaçadas de extinção).


Para terminar, apenas uma opinião pessoal: eu gosto bastante detes animais, lutam bastante pela sobrevivência, pois, embora sejam predadores carnívoros, vivem com muitas dificuldades, pois não têm que apenas caçar normalmente, mas sim caçar mais vezes do que o habitual (muitas vezes cansadas), tudo porque os estupores dos leões e as palhaças das hienas roubam o alimento às chitas, que correram muito para o conseguir, não são como aqueles que ficam sentados à espera que as leoas tragam a comidinha. Mas, falando de coisas boas, quero apenas dizer o quão impressionante é uma corrida duma chita, à mesma dum automóvel na auto-estrada (sem ultrapassar os 120 km/h, claro), que só não apanha as presas porque estas curvam muito a sua corrida ou fogem para sítios difíceis de correr àquelas altas velocidades.






Bem, para finalizar e completar esta parte da crónica, deixo-vos uns vídeos exemplificativos de algumas coisas que disse.



Aqui estão eles:
















Bem, deixando a parte da descrição da chita, do seu habitat e da sua vida, dos seus vídeos, vou vos deixar algo um pouco diferente.



Ora, a chita é, como sabem ou não, um animal simbólico, na arte e na literatura. Fui pesquisar e encontrei uma prova do que acabei de dizer.




- Na obra de Ticiano Baco e Ariadne (1523) a carruagem do deus é puxada por uma parelha de chitas (usadas como animais de caça na Itália renascentista).



- No quadro de George Stubbs, “Chita com dois servos indianos e um veado” (Cheetah with Two Indian Attendants and a Stag) (1764-1765) é mostrada a chita como animal de caça. O quadro foi feito em comemoração da doação de uma chita a Jorge III do Reino Unido pelo Governador Inglês de Madras, Sir George Pigot.



- Em “A carícia” (1896), do pintor simbolista belga Fernand Khnopff (1858-1921), é representado o mito de Édipo e da Esfinge, representada por uma criatura com cabeça de mulher e corpo de chita (muitas vezes, erradamente identificada como um leopardo).



- A utilização das chitas como animais de estimação exóticos é representada, por exemplo, numa peça de escultura art déco de cerca de 1925, da Wiener Werkstätte (oficina de Viena).



- O livro de André Mercier, Our Friend Yambo (1961) é uma curiosa biografia de uma chita adoptada por um casal francês que a traz para Paris. Este livro foi, com certeza influenciado pelo sucesso do livro “Born Free” (que deu origem ao filme que em Portugal recebeu o nome de “Uma leoa chamada Elsa”), de Joy Adamson que também escreveu a “autobiografia” de uma chita em The Spotted Sphinx (1969).



- O filme Duma (2005) retrata a relação de um rapaz de 12 anos com a sua chita, na África do Sul.




Espero que tenham gostado desta Children of Nature. Fiquem bem!!!!! Comentem!!

4 comentários:

Anónimo disse...

...

By: InEs SoArEs

Anónimo disse...

heheheheheheheehheeh

Anónimo disse...

Ola cara!!

Qué bonito blog....muito interessante, adorei....este post está um espectaculo....tmb gosto das chitas..
adeus, continua assim

Anónimo disse...

Bernardo,

Gostei à brava deste texto sobre as Chitas. Muito completo. Parabéns! Já escolheste o próximo animal? Que tal a Girafa? Adorava...
Isabel Branco